segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Lovenote.





Será que dá pra escrever uma declaração de amor sem endereço?
Demonstrar todo meu apreço, por ela que nem sei quem é?
E se tudo não passasse de poeira, vestigios da minha fé, ainda estaria pensando na devoção por uma qualquer?
Que seja, anonimato, mistérios.Doces deletérios.Declarar-se ao vazio esperando preenchimento instantâneo, dos ânimos, dos riscos, dos discos que não ouvi mais.Fatos efêmeros de um amor passageiro sem destinatario, tal cruzeiro, que vaga no oceano de outro planos, que vive deixando de lado a inconsistencia amarga da paz que é sorrir sem a graça. E mesmo sendo de graça, sem motivo aparente, parece que estou contente sem saber pra quem falar.E me doar.Por inteiro tal codinome faceiro que o amante sibilava.Nome sem nexo.Desperta meu sexo e corre na veia antes que antidoto algum tenha a chance de agir. Te despir. Falar do futuro, augúrios olhando pro céu. Mesmo que a rima barata não desperte em ti, cujo nome ainda nem sei, sentimento verdadeiro, nem liga-te a mim, sei que ri. E ri feliz porque bem que se quis achar amor como o meu.Romeu.Apaixonado pela sombra do ideal que tu és.E se agora o nó na garganta me espanta. Cabe a ti.Vinde a mim desatar.Rosa que nem conheço, declaração de amor sem endereço.

sábado, 10 de outubro de 2009

Delírios.


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O que de fato entendemos? Quais as nossas limitações diante do infinito da mente humana? A abrangência infinita da mente, do inconsciente. Nossos valores não estão certos nem errados, é tudo cultural. Cultura monótona de tempo homogêneo, linear. Reluto em aceitar qualquer manifestação mística, justamente por não crer em nada sobrenatural.Mas o sobrenatural esta em nós.Esquizofrenia, alucinações e rituais, talvez sejam a heterogenidade do tempo, profano e sagrado caminhando juntos no mesmo sistema complexo que é a vida humana. Deus somos nós, sem auto-afirmações, somos nós. Somos deuses da ignorância, baseados em conceitos puramente instintivos de sobrevivencia e poder. Lei do mais forte, Homo erectus subdesenvolvido. Matamos tudo que não conhecemos, por medo de evoluir. Comodistas, achamos que tudo está bom.Queremos mudar,mas dentro dos limites da ética criada por vergonhas.Prostituímos nossa capacidade de raciocínio. Seguimos como hamsters envoltos em bolhas de soberba.Achar que sabe tudo é não saber nada. Pura prepotência.Se não fosse tão difícil aceitar as ideias e pensamentos que vem do que esta fora dos padrões, talvez não estivessemos tão preocupados em sobreviver, em detrimento da vida de fato. Falantes surdos é o que somos. Não ponho minha mão no fogo por nenhum de seus ideais,mas ponho as duas pelo direito que tens de expressa-los. Frase de alguem que foi louco. E nós somos os normais? Nossas limitações diante do infinito da mente humana estão fazendo com que confirmemos o mito da utilização de apenas 10% do cérebro.Afinal de que adianta usar tudo se jamais escapamos do Taylorismo. Open minds. Open hearts. Só isso pra mudar alguma coisa. 2012 está ai, tomara que os Maias estejam certos mesmo.